Diversidade social:
* Trabalhadores braçais: A maioria era composta por trabalhadores braçais, como pedreiros, carpinteiros, operários, carregadores, muitos vindos de outras regiões do país.
* Prostitutas: As mulheres, em grande parte, se prostituíam para sobreviver, muitas vezes vítimas da própria miséria e sem outras opções.
* Comerciantes ambulantes: Alguns tentavam sobreviver vendendo produtos de forma informal nas ruas.
* Imigrantes: A presença de imigrantes, principalmente portugueses, contribuía para a diversidade cultural e linguística do cortiço.
Miséria e exploração:
* Pobreza extrema: A população vivia em condições precárias, com falta de higiene, espaço, água potável e saneamento básico. As moradias eram apertadas, superlotadas e insalubres.
* Exploração: Os moradores eram explorados por seus patrões e por figuras como João Romão, que se aproveitavam de sua vulnerabilidade para lucrar.
* Desigualdade social: Havia uma profunda desigualdade social entre os moradores, com o proprietário do cortiço, João Romão, acumulando riqueza às custas do suor e da miséria dos inquilinos.
Instabilidade social:
* Violência e criminalidade: As condições de vida precárias e a falta de oportunidades contribuíam para a violência e o crime, que se tornavam frequentes.
* Falta de perspectivas: A maioria dos moradores não tinha acesso à educação, saúde ou oportunidades de ascensão social, o que perpetuava o ciclo da pobreza e da miséria.
* Conflitos interpessoais: A disputa por recursos escassos e a promiscuidade geravam constantes conflitos entre os moradores, aumentando a tensão social.
É importante lembrar que a obra de Aluísio Azevedo é uma denúncia social, mostrando as condições degradantes em que viviam os menos favorecidos na sociedade brasileira da época. A população que habitava o cortiço era um reflexo das desigualdades sociais e da exploração que assolavam o país, e o livro nos convida a refletir sobre os problemas sociais que persistem até os dias atuais.